Nunca espere menos da Alpha Tauri quando o quesito é a apresentação de um novo carro. Na noite deste último sábado (horário de Brasília), a marca B da turma do touro apresentou sua nova arma para a F1: o AT04, em uma cerimônia onde não faltou aquilo que a legenda faz fora das pistas: trabalhar com moda.
E de saída, a equipe já surpreendeu pela beleza que apresentou no seu bólido. Com a chegada da petrolífera polonesa PKN Orlen, que até ano passado adornada os carros da Alfa Romeo, o carro mostrou detalhes em vermelho ao lado do “azul-e-branco Brabham” característicos, e não fez feio. De saída, rasgou elogios e, sem exagero, superou o livery do ano anterior.
Agora, tudo muito bonito no gabarito e nas cores, mas para 2023, a pergunta é “será que vai funcionar?”. O último ano da Alpha Tauri foi desastroso, sendo uma das decepções da categoria. Pierre Gasly abandonou o barco e partiu para a Alpine e fez o que pode de melhor diante de uma temporada perdida. Já o japa Yuki Tsunoda subiu um pouco o nível, mas ainda assim cometeu seus erros e não ajudou em muita coisa para melhorar o quadro.
Na troca de roupa para 2023, saiu o francês e entrou um holandês rápido tal como o time principal: Nyck de Vries assombrou a categoria ano passado quando, na Itália, arrancou um nono lugar com o pior carro do grid – a Williams – provando a sua natural velocidade mostrada até mesmo na F-E. É uma promessa, mas agora terá seu verdadeiro teste, sobretudo numa equipe que precisa bater a poeira e voltar ao seu lugar, ao menos, no pelotão do meio para a frente.
Resta aguardar para ver se a troca de roupa dos taurinos-B vai se converter em dias melhores. Afinal, beleza não põe mesa, já dizia Enzo Ferrari e nossas avós.