(POR: Guilherme Puerari)
Para quem esperava algo histórico ou revolucionário no aniversário de 60 anos da McLaren, se decepcionou. Pior, diria quem foi mais do mesmo ou até mesmo um jogo de sete erros na questão da pintura do carro. E esqueça os tempos áureos daquela caixinha de cigarros de Senna e Prost, muitos menos as flechas de prata de Hakkinen e Hamilton. Cheguei por algum tempo a flertar com um papaya ainda mais vivo e influente na pintura, mas ledo engano: tivemos uma reedição do MCL36.
Ainda há de se lembrar que as equipes estão utilizando da fibra de carbono para pesar o carro no limite de limite de peso de 798 kg. Isso pode ser um dos motivos para a ausência de cores e excesso de fibras. Mas, deixado a pintura de lado e indo mais para o conceito do carro, chamou a atenção algumas semelhanças com o carro vencedor da última temporada. Há uma clara semelhança nos sidepods da McLaren aos utilizados pela RedBull. Poderá ser um acerto ou um tiro no pé no quesito de “resfriar o MCL60”.
Já de antemão, a própria equipe informou que já na quarta etapa do calendário haverá atualizações, e isso ficou claro na fala do chefe da equipe Zak Brown: “Acho que acertamos na maior parte, mas sabemos que ainda há algumas áreas em que não estamos onde queremos estar.”
A descontinuidade do nome MCL36 é em comemoração ao 60º aniversário da fundação da equipe em 1963. A equipe de Woking, contará com os pilotos Oscar Piastri e Lando Norris. Na temporada de 2022 a equipe terminou com a quinta colocação no Mundial de Construtores, após uma dura batalha com a Alpine, tanto nas pistas quando na ruidosa novela pelo nome do garoto australiano que entra no lugar do compatriota Daniel Ricciardo, este de volta ao time do touro.
Alias, também é nos pilotos que reside a expectativa: de Piastri, apenas espera-se um desempenho decente para um estreante que, pela batalha que travou-se entre franceses e ingleses, mostra que tem alto valor e pode mostrar algo. Obrigação mesmo fica pra Norris, a “bola 8” do mercado atual mas que teve um ano para esquecer depois de revezes e problemas com um carro que precisou mudar muito para terminar o ano com o mínimo de decência.
E aí, será que a McLaren, enfim, dá o passo a frente ou vai regredir ainda mais na F1? Nos vemos de forma oficial dia 5 de março no Bahrein, mas fica ligado que ainda nos dias 23 a 25 de fevereiro tem os testes de pré-temporada.