Olá pessoal tudo bem? O G&M inicia hoje, através desse gaúcho que vos digita, um novo modo de ver as corridas! E não só de F1, pode ser de qualquer categoria, mas o que importa é que no DNQ (iniciais de “Did Not Qualify”, ou “Não-Qualificado”, que a partir de 1989 foi muito conhecido na F1 e é muito conhecido principalmente na Indy 500) traremos pontos, dados, visões, detalhes e que o passou desapercebido ou foi pouco falado no fim de semana de GP, tudo de forma pontual e direta.
E, junto com isso, traremos também um pouco da história dessas combinações de pilotos/equipes que muitos de nós nunca viram sequer andar num fim de semana, E nesse primeiro DNQ, nada mais justo que o homenageado seja o intrépido Bertrand Gachot (foto em destaque), o primeiro DNQ dentro do elaborado regulamento de classificação da F1 em 1989.
Pilotando um Onyx-Ford, o piloto francês marcou 1:37.932, a simplesmente 12,6s da pole de Ayrton Senna. Isso faz do “euro-piloto” (luxemburguês naturalizado belga) o dono do pior tempo da primeira pré-classificação da F1 em 1989. E não dava pra esperar mais de um carro que fez o shakedown no kartódromo Maqui-Mundi, do lado da pista.
Mas voltando ao nossa revisão do fim de semana, claro que a estreia da F1 e da Indy nesse final de semana será nosso foco. E você também contribui com a gente neste quadro: participe conosco na caixa de comentários e deixem seus pontos DNQ!
Vamos lá então:
Pela manhã, algumas da F1 na abertura do certame, nas “mil e uma noites” do Barhein:
– Nico Hulkenberg hein? Criticado, zoado e deu uma belíssima luneta no Kevin Magnussen na classificação. Na prova, ambas Haas caíram de desempenho, mas o primeiro Q3 do ano da casa de Guenther Steiner tá gravado em Alemão;
– Pergunta Tostines: Alonso andava mais que a Alpine ou a Alpine estava cansada do Alonso?
– Passou-se quatro meses e as donas Ferrari e Mercedes não conseguiram resolver os problemas que o planeta todo conhecia do ano passado?
– A Williams vai colher frutos no investimento da academia de pilotos? Logan Sargeant fez uma prova muito decente e ficou próximo na classificação final de Alex Albon, responsável por já tirar a Williams do zero na primeira prova do ano.
– Apesar do grande desempenho devido a situação física, a pergunta é: Lance Stroll é subvalorizado ou a Aston Martin vai sentir falta de um piloto mais qualificado durante o ano para o lado de Alonso?
– Felipe Drugovich apareceu bastante no fim de semana, e fez pré-racing na Band. Quanta diferença em menos de um ano! Só lembrar a felicidade da narração da vitória dele em Jeddah, ano passado pela F2.
– A Red Bull deu um drible em todo mundo, sabendo que seria punida, e acelerou o desenvolvimento do carro de 2023 ainda em 2022? Adrian Newey já fez isso em 1992, quando viu que não ia precisar usar o FW15 e a versão B do FW14 era suficiente para humilhar todos no grid.
– Será que veremos a grande McLaren fechando grid por desempenho em 2023? Está trilhando o caminho da Lotus e da Brabham? (espero que não, sinceramente!)
– Porque ninguém notou que o Bottas alinhou no colchete errado na largada hein? Alias, a preguiça do comissário que atravessa a pista sendo responsável pela bandeira verde atrás do grid é cômica!
– Sergio Perez fazendo piadinha, afirmando que “é bom ver três Red Bulls no pódio”. É, seu Perez, logo tu que ganhou prova de “Mercedes Rosa BWT” nos tempos da Racing Point que alias é… a atual Aston Martin!
E a tarde tivemos a abertura da Indy, que nos trouxe:
– Grosjean na pole e liderando, Andretti na pole e liderando… e tudo acabando em nada. Realmente o sobrenome Andretti tem contas a acertar com o destino ou algum parente do bode maldito do Chicago Cubs.
– Big One, carro voando, piloto saindo zonzo, carro que pula, cai, e segue andando normalmente… a dona Dallara tá de parabéns (by Milton Rubinho), o aeroscreen funcionou lindamente (apesar de feio), mas a dona Indy precisa ver bem esses acidentes. Anos 90 mandam lembranças.
– Pneus sem aquecimento realmente é um entretenimento que precisa ser instituído no planeta todo. Ver o trabalho manual dos caras para manter o carro no trilho sem pneu aquecido é lindo demais.
– Alinhamento de largada da Indy já foi muito melhor. As seis filas largaram lado a lado e o resto em fila indiana. Na bagunça, tinha piloto duas curvas antes da reta de largada ainda aquecendo pneu.
– Esse piloto que estava a duas curvas da reta de largada era Benjamin Pedersen, que homenageou brilhantemente Ricardo Rosset no famoso boliche de Spa-Francorchamps, o maior big one da F1, em 1998.
– Ana Beatriz “Bia” Figueiredo estreou como comentarista fixa da Indy na Cultura ao lado da narração recheada de conteúdo de Geferson Kern. A qualidade não caiu, mas confesso que o Rodrigo Mattar dava mais agilidade histórica a transmissão. O que será que aconteceu, hein?
– Já na ESPN, o Trio Thiago Alves-Edgar de Mello Filho-Christian Fittipaldi aparentam ter dado uma bela afinada de transmissão do ano passado para cá. Notei uma bela evolução.
– O Argentino Agustin Canapino nunca tinha disputado uma prova em monoposto na vida, e fez uma prova muito boa. Tomara que ele faça toda a temporada, só que o hermano acabou fisicamente destruído. O monoposto é algo diferente demais mesmo.
– Robby Gordon dizendo que “se fosse com ele, o Grosjean não seria perdoado pelo toque com o Scott Mclanche feliz”. Sim, até porque era o Flash Gordon que causava esses tumultos nos áureos tempos, lembram-se?
– E também na Indy, a McLaren andou causando. O tumulto da primeira largada foi graças ao seu Felix Rosenqvist, tocando no muro. Mais pro fim da Prova, Pato O’Ward acabou tendo problemas. Cá entre nós: eu ainda acho que ele passou foi no óleo do Penske do Josef Newgarden, que tinha estourado o motor uma volta antes e errou a tangencia no cotovelo. Ninguém avisou ele, e ele com cara de que não queria assumir o erro colocou na conta do cambio.
Por hoje é isso pessoal. Nos próximos fim de semana de prova voltamos com o DNQ para vocês! Abraços a todos!