Olá amigos do G&M! O DNQ está de volta após a prova de Baku, no Azerbaijão. Por aqui, traremos – como de praxe – todos os detalhes no formato G&M de ver as provas! Só que eu sei, de largada, que você tá esperando para ver o homenageado do dia na pré-qualify de 1989.
Hoje o dia é de Pierre-Henri Raphanel! E já começamos com uma curiosidade: Raphanel, na verdade, nasceu em Argel, a capital da Argélia, no magreb árabe. A família se mudou para a França ao fim da guerra da independência Argelina, no fim de 1962, isto quando o futuro piloto tinha apenas 1 ano e meio de vida. Porém, como ele nasceu ainda sob a tutela colonial francesa, ele é considerado cidadão francês segundo a regra de nacionalidade instituída pela França naquele tempo.
Numa carreira tardia, Pierre-Henri foi campeão nacional de Kart aos 2o anos, e com isso acabou apadrinhado pela Marlboro. A partir dali, trilhou o caminho da F1, passando por um ótimo resultado nas 24h de Le Mans de 1987, sendo terceiro colocado em uma trinca formada por ele, o compatriota Yves Courage e o belga Hervé Regout, a bordo de um Cougar-Porsche.
Em 1988, Raphanel estrearia na F1 pela Larrousse no GP da Austrália, porém não se classificou para o grid de largada. A prova de Jacarepaguá acabou sendo a segunda inscrição da sua carreira, e dessa vez num cockpit da italiana Coloni e tendo como companheiro de equipe o brasileiro Roberto Pupo Moreno, este apadrinhado pela Ferrari e piloto principal da equipe de Enzo Coloni.
Raphanel marcou 1:32.019, ficando a 6.6s do tempo da pole de Ayrton Senna, e na 34ª colocação geral no fim de semana (ou 8ª colocação no pré qualify).
Sono, sono e mais sono
Senhoras e senhores, eu não vou me estender sobre Baku hoje. Sinceramente, a muito tempo não ficava tão decepcionado com um final de semana como esse. Sexta com treino vazio, sábado com sprint sem qualquer interesse nas 17 voltas (a não ser o chilique de Max Versttapen contra George Russell, que alias deu de ombros para o Bi campeão mundial) e uma corrida apática, pouco emocionante, perfeita para quem sente insônia.
Quanto a desempenho, nada de novo no horizonte, até mesmo pelo novo e proclamado “rei das ruas”. Sergio Perez venceu a sprint e a corrida “oficial”, inclusive sem dar chances de recuperação para Max Versttapen no domingo, o holandês acabou sendo derrubado pela estratégia e se contentou, com a cara de limão, com o segundo posto.
Mas como disse, não quero me estender a prova, que foi extremamente chata! Me preocupa muito a super exposição da F1. Em 38 semanas, teremos 29 provas contando com a sprint, e o atual domínio da F1 – com a RedBull vencendo 15 das ultimas 16 provas – está tornando a F1 extremamente chata de acompanhar.
E acredite, o problema não é o domínio dos austríacos, que já vimos algumas vezes esse tipo de situação, agora, TODAS AS PROVAS existe uma bizarrisse para contar: Nesta os fotógrafos fechando a entrada do Pitlane e a bisonha troca de lugares entre o segundo e o terceiro lugar no pódio.
O contrassenso dessas esvaziadas sprint estão me incomodando profundamente! Se tem teto de gastos, pra que por os carros a andar em ritmo de competição por 30% a mais de tempo no final de semana? A Williams, sem qualquer pudor, já deixou claro: se quebrar algo antes da Sprint, vou é guardar carro. La no fim do ano, vai ter largada com 14 carros, 15 carros…
Enfim, que a F1 desista logo dessa historia e que só seja preciso contar a estória disso um dia, mais nada!
Abraço a todos e até a próxima (tomara, com mais emoção)!