Olá amigos do G&M! Voltamos com mais um DNQ, onde o G&M conta como só ele viu as provas do fim de semana no automobilismo. E teve muita coisa para falarmos, mas antes vamos a nossa ode aos guerreiros da Pré qualificação em 1989, falando hoje de um piloto e equipe com uma história marcante pelo lado triste naquele fim de semana em Jacarepaguá!
O dia da pré-qualificação em Jacarepaguá é 25 de março de 1989, mas a etapa começou realmente para a AGS dez dias antes, quando um acidente grave com o francês Phillipe Streiff a bordo de um JH23B – modelo atualizado da AGS de 1988 para a temporada 1989 – causou graves lesões ao piloto, que acabou tetraplégico após uma serie de fatos no resgate e tratamento posterior.
Com isso a já combalida equipe francesa teria um chassis a menos na prova, e este chassis ficou a cargo do alemão Joachim Winkelhock, filho do saudoso Manfred Winkelhock e que acabou marcando o tempo de 1:32.982, a 2,2s do melhor tempo da pré-qualificação e, no geral, a 7,6s do tempo da pole de Ayrton Senna.
Certamente o que a equipe mais queria naquele fim de semana era empacotar tudo e voltar para a Europa o mais rápido possível. Mas, passado o nosso homenageado do dia, vamos aos fatos marcantes do fim de semana no automobilismo… e teve corrida pra todo tipo!
A Base fez sua parte em Melbourne
– A escolha pelas categorias de base irem para a Austrália era prenuncio de corridas malucas. E o bom é que os horários da F3 e da F2 eram muito mais sociais que os da própria F1. Ver a base foi muito marcante, e mais gratificante ainda ver que tem muita gente boa na trilha.
– Gabriel Bortoleto foi grande destaque na F3: o brasileiro venceu uma das etapas e andou com muita maturidade em outra. Enquanto a pancadaria corria solta, ele levou seu carro ao fim das duas provas e manteve a liderança do campeonato. Olho nele!
– Na F2, o que dizer de Enzo Fittipaldi? Fim de semana de esquecer totalmente e de deixar uma enorme dúvida se a chegada na academia Red Bull fez realmente bem a ele. A comparação direta com Zane Maloney tá ficando bem complicada ao brasileiro, que precisará se recuperar urgentemente nas etapas europeias
A F1 não nos deixou ter sono:
– Chegamos a F1: a temperatura amena com a chuva do TL2, que geralmente é o treino de acerto de prova das equipes, embaralhou um pouco o grid. Ajudou a deixar a Aston Martin e a Mercedes mais próxima da Red Bull. Mas só mais próxima, pois a imagem que ficou a mim é que Max Verstappen andou bem abaixo do que precisaria.
– Já Sergio Perez caiu na realidade rapidamente: Após o discurso ninguém me segura esse ano ao sair de Jeddah, o mexicano teve um fim de semana horroroso em Melbourne.
– Mais uma usina Mercedes ficou pelo caminho. Foi uma com Stroll em Jeddah e uma com Russell em Melbourne. A estrela de prata tá tentando buscar pocotós (by Edgard de Mello Filho) de onde não tem?
– Destaque para Pierre Gasly, a mim o nome da prova: Andou no bloco formato por Hamilton, Alonso e Sainz na grande maioria da prova, com uma Alpine discretamente em evolução. Salientar que seu companheiro Esteban Ocon ficou bem longe dele o final de semana todo;
– A McLaren parece ter aproveitado também o clima ameno para melhorar um pouco seu ritmo de corrida, e no fim acabou se beneficiando de tudo que ocorreu;
– Aliás, fica o questionamento: Os pacotes motrizes Mercedes não gostam de calor ou é impressão minha?
– Bom, sobre o fim da prova: a F1 até poucos anos encerraria o GP após a destruição da terceira largada. Exemplo clássico: O GP de Portugal de 1990, ou até mesmo Brasil 2003, e sabemos que o regulamento foi cumprido a risca, mas é interessante acompanhar que a categoria cobra teto de gastos e controle ambiental, e nesse situação obriga a três largadas, onde o risco de acidentes e prejuízos é sempre presente.
– Seguindo essa linha de raciocínio, a ultima bandeira vermelha a mim foi desnecessária. O SC resolvia a situação, pois teria dois minutos apenas para limpar um mínimo de trilho na pista para os carros passarem e completar a prova. A relargada para um desfile atrás do SC foi um anticlímax total;
– Nessas, a Alpine perdeu muitos pontos, a McLaren ganhou muitos pontos, suficientes para que ela passasse a própria Alpine no mundial de construtores. Isso ainda vai dar pano pra manga…
– O acidente do Magnussen foi, citado por fontes europeias, causado pelo sol se pondo na linha dos olhos do piloto dinamarquês. Bizarro porém extremamente preocupante, não só para ele como para o publico, pois um pedaço do Haas voou por cima da tela e cortou um telespectador…
Enquanto isso na Stock Car…
– A Stock Car começou seu ano em Goiânia com uma homenagem emocionante: após a vitória de Thiago Camilo, o piloto pagou tributo ao seu Tio Sergio, morto em um acidente de moto a poucos dias.
– E me chamou a atenção como a família Barrichello andava no estilo “siga o líder” durante boa parte da prova. Porém, na hora do vamos ver da segunda etapa, Barrichello-Pai veio pra frente e Barrichello filho ficou no bolo…
– Felipe Massa e Cacá Bueno estão padecendo, as temporadas passam e os dois não conseguem desempenho;
– Aparentemente, os novos Pneus Hankook passaram o fim de semana sem maiores problemas. Bom sinal se tratando de uma marca totalmente nova no automobilismo brasileiro.
– Muito bonito ver Ricardo Mauricio e Daniel Serra tocando em altíssimo nível os Stock. São de outra categoria os dois, sendo que Daniel tá consolidando carreira no exterior, e diria que Ricardinho poderia seguir tranquilamente esse caminho.
– Por fim, o show do pedaços de carenagem pela pista toda continua o mesmo…
A Indy deu Show no Texas!
– Migramos para a Indy no Texas e uma prova MARAVILHOSA: Mais de 1200 ultrapassagens na prova, e um resultado totalmente a la Indy.
– Depois de dominar a prova, Pato O’Ward foi traído por uma bandeira amarela a 50 voltas do final, agrupando o pelotão (OBS: nesse momento, apenas os 4 primeiros estavam na volta do líder) e depois disso uma retomada de corrida insana, com Penske sendo Penske e trazendo Josef Newgarden para a liderança no fim da prova. E quando a luta estava aberta entre ele, Alex Palou e Pato, apareceu Romain Grosjean no muro (um clássico!)…
– Alias Grosjean muito bem no oval. Outro que me impressionou muito bem foi Agustin Canapino. o argentino esteve durante toda a prova dentre os 15 primeiros e com uma pilotagem seguríssima. O hermano é bota demais!
– Por fim: o DNQ volta ainda essa semana com a opinião da polêmica mais requentada que pizza de domingo: o campeonato de 2008 volta a tona!
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Abraços a todos e voltamos logo logo!