Olá Amigos do G&M! Estamos de volta para mais um DNQ com aquele toque especial que você ainda não leu por aí, e do jeito G&M de ser, naturalmente!
Como já é praxe (e que, logo logo, poderemos chamar de tradição) vamos voltar à 1989, naquela virada de regulamento que nos proporcionou aquela maravilhosa variedade de carros e pilotos. Como vocês acompanharam no DNQ#1 e DNQ #2 dessa vez vamos deixar um pouco os comandados do barbudo Van Rossem de lado e escrevinhar sobre outro chefe de equipe de personalidade bem peculiar naquele 1989: Erich Zakowski.
Nosso homenageado de hoje é o piloto que foi, simplesmente, o 36º colocado naquele fim de semana quente em Jacarepaguá, suando sangue pela já combalida e claudicante Zakspeed empurrada (?) pelo motor Yamaha, à época estreante na categoria: Aguri Suzuki. O Japonês estreara em 1988 pela Lola/Larrousse no histórico GP do Japão e teria oportunidade de ser titular em uma temporada inteira naquele ano.
Porém, em Jacarepaguá, ele sofreu com o complicado modelo 891 desenhado pelo renomado Gustav Brunner, marcando 1:33.079, dois segundos mais rápido que Johansson, 0,1s mais lento que o próximo carro (que alias tem historia nessa prova…) e a longínquos sete segundos da pole de Ayrton Senna. Era só o primeiro capítulo de um ano difícil para o japonês.
Pois bem, mantida a rotina vamos de volta para 2023. E falemos dos tópicos do fim de semana em Jeddah (Jidá? Jedá?). Sim, nesse fim de semana na transmissão oficial vi essas três grafias e até agora não sei qual é a correta…
– Vamos na ordem cronológica dos fatos: o fim da dupla Lewis Hamilton e Angela Cullen pegou a todos de surpresa, até porque ela estava normalmente no Bahrein. E denota que Hamilton realmente está preparando mudanças de equipe no seu badalado backstage, digamos assim.
– Lembrando que Lewis recentemente trocou de empresário de carreira e começou a ter mais visões extra o campo da F1, inclusive sendo visita diária nas nossas casa em uma propaganda de um banco brasileiro. Linkando a isso o que as lives do G&M tem dito a algum tempo: sem um carro competitivo, Lewis não permanece por muito tempo (aquece Lando!).
– Na F2, noticias bem agradáveis: os pilotos parecem ter achado o limite da pista, entre velocidade e não ter acidentes graves. As duas provas foram muito boas, inclusive na sprint race no sábado em dado momento tínhamos desde o líder até o oitavo colocado colados e todos disputando posição entre eles.
– Ainda sobre a F2, aliás, o japonês Ayumi Iwasa – atual protegido júnior da Honda – parece ser bom demais! Enzo Fittipaldi sofreu bastante no sábado e conseguiu um bom P7 no domingo, mas nem de longe tem o destaque que tinha ano passado pela Charouz, mesmo este ano estando na estabelecida Carlin e vestido de Red Bull.
– Vindo para a F1: a característica da pista árabe evidenciou ainda mais o quanto o Red Bull é, disparado, o melhor chassis da categoria. o semieixo quebrado de Max impediu um passeio no deserto daqueles sonolentos e deu à Sérgio Perez uma vitória que nem mesmo ele esperava. Agora, resta saber se Perez será o Nico Rosberg da vez, ou será o Fisichella de 2006…
– A Ferrari conseguiu piorar o que tinha de bom ano passado, e não melhorar o que já era ruim. O que Leclerc e Sainz sofreram quando tiveram de ir para o pneu composto duro foi de chorar. A equipe, que já tinha acabado atrás da Mercedes ano passado, agora se mantém atrás de uma pedida Mercedes e tomou um passão da ascendente Aston Martin…
– Mercedes, alias, largou mão do famigerado zeropod. Toto Wolff deixou claro, no fim de semana, que em “seis ou sete provas” terão um carro totalmente novo. Enquanto isso, Russell segue muito mais consistente que Hamilton, deixando claro quem tá olhando o horizonte dentro da F1 e quem tá olhando fora da F1…
– E não é que a Aston Martin não era fogo de palha? Final de semana de Alonso sempre entre os três primeiros e Stroll entre os seis. O carro é bom, tem potencial, e a Aston, por ser uma das piores nos construtores ano passado, tem um capital de investimento bem maior que as atuais competidoras da frente.
– Ainda sobre a Aston, será o suficiente para alcançar a Red Bull? Se for, será incrível ver Fernando Alonso, no alto dos 42 anos, provando que a F1 atual não tem restrição de idade e que ele realmente vai acabar a carreira com menos que poderia em títulos e vitórias.
– A Alpine sendo aquele “vamos chegar que vamos pontuar”. Até o momento, Ocon e Gasly vão fazendo o básico para chegar ao fim das provas e esperar as atualizações que deverão chegar em Baku. E aproveitando, o visual “7 Belo” que acaba em Melbourne, para alívio de nossos olhos!
– A Haas está cumprindo exatamente o que eu esperava dela: brilhos efêmeros nas classificações (mas confesso que não esperava que estes fossem com o Hulkenberg!) e esperando, sorrateira, a chance de pontuar. Dessa vez, o Magnussen faturou um pontinho para Gene Haas em uma luta surpreendentemente limpa com Yuki Tsunoda. Alias, Haas que andou se enrolando semana passada com a Rússia de novo…
– Sobre McLaren, Williams, Alfa Romeo e Alpha Tauri: empacotem as malas, busquem psicólogos e rezem que em Melbourne chova. Mas, sobretudo, que chova fraco, pois se for chuva normal a F1 não corre. Agora, já nem sei se dá para torcer por chuva…
Para encerrar: do “pune, não pune” de Alonso
A lambança do fim de prova, de “pune, não pune”, não me surpreende. A tempos venho dizendo: a F1 tem que ter um regulamento restritivo e não impositivo, e isso em questão técnica e esportiva. Quanto mais impositiva a regra, mais brechas as equipes vão achando.
A questão do “toca não toca” no carro de Alonso, na minha leitura, é passível sim de punição. Porém, no ato em que o macaco é direcionado – que é erguer o carro – não foi feito. Não há vantagem em encaixar o macaco no local para erguer o carro. E digo mais: é até um ato de segurança.
E aí entra a questão de interpretação: o mecânico da frente não encaixou o macaco, o mecânico de trás encaixou. Obteve vantagem? Ao meu ver não…
Numa boa: essa historia de cinco segundos no pit é balela. Marca este tempo e dá no resultado final e vida que segue. Alias, efeméride: esse rolo todo se deu em um Safety Car que foi ocasionado por um companheiro de equipe de Fernando Alonso.
Historias repetidas e finais igualmente polêmicos… Enfim, por hoje é isso! Vou seguir no meu chimarrão e logo logo vem mais DNQ aqui no G&M!
Abraços a todos!