(POR: Pedro Ivo Faro)
Enquanto o lançamento dos novos carros da F1 desse ano segue a todo vapor (bem, ao menos nas liveries, né…) a Alfa Romeo (que todos sabemos ser, na verdade, a Sauber) foi na onda e apresentou na manhã desta última terça-feira (7) seu desafiante para a temporada 2023: o C43. E sobre ele? Bom, vamos usar uma velha máxima do mundo da moda: nada como um “pretinho básico” para dar um tapa no visual.
Se colocarmos lado a lado os carros de 2022 e 2023, fica notório que a mudança mais visível é o preto no lugar do branco. Na visão deste reles escriba, branco e vermelho faziam uma combinação mais charmosa. Mas é compreensível a mudança: o preto veio da Stake, empresa do ramo de cassinos online, substituindo a petroquímica polonesa Orlen, que na saída também tirou seu piloto local, Robert Kubica, de um dos cockpits.
Entre mudanças e manutenções, a Alfa chega com a esperança de se destacar no famigerado pelotão intermediário, que este ano tende a ser um tanto disputado. Vale frisar que a parceria da Sauber com a marca italiana só dura até este ano, onde o grupo suíço tomará as rédeas por duas temporadas (2024 e 2025) até a já esperada chegada da Audi em 2026.
Diferente de diversas equipes do grid, que tiveram uma chacoalhada e tanto nos bastidores, até que a Alfa foi na contramão. Depois de perder Frederic Vasseur para a Ferrari, ela decidiu “bifurcar o caminho”, por assim dizer. Enquanto Vasseur tinha as funções de diretor de equipe e CEO acumuladas, agora a equipe tem um nome para cada função. Andreas Seidl, ex-chefão da McLaren, é o novo CEO, enquanto que na chefia em pista, a aposta foi em um prata da casa: Alessandro Alunni Bravi. Ele já tinha cargo no grupo Sauber, de longa data inclusive.
Já os volantes não tiveram alteração. Quer dizer, quase. Um renovado Valtteri Bottas segue sendo o primeiro piloto do time, na esperança de fazer voos (ainda) mais altos que o top-5 conquistado em Abu Dhabi e a pontuação com regularidade. Guanyu Zhou, por sua vez, quer apagar de vez a pecha de paydriver financiado por gordos cheques chineses. Para uma temporada de estreia, pontuar em três corridas e chegar a um oitavo lugar não foi ruim, mas é necessário mais que isso.
Por fim, o vice-campeão da F2 de 2022, Theo Pourchaire, assume a vaga que era de Robert Kubica. Assim como acontece com Felipe Drugovich na Aston Martin, 2023 será uma temporada para o francês adquirir o máximo de conhecimento nos simuladores e treinos livres, porém com poucas possibilidades de correr efetivamente.
A ver.