O intervalo de três semanas separando o GP de Interlagos e a prova no circuito de rua de Las Vegas foi extremamente movimentado no mundo da F1.
Entre as várias “bombas” do período, Dan Fallows foi demitido do cargo de Diretor Técnico da Aston Martin, após uma temporada 2024 que só pode ser classificada como medíocre.
A F1 também anunciou um evento para Lançamento Coletivo de Liveries em 2025, que será realizado na O2 Arena, em Londres, no dia 18 de Fevereiro, e contará com a presença dos 20 pilotos da categoria, chefes de equipe e tudo mais que for possível para tornar o acontecimento em algo extremamente midiático.
Outros anúncios também foram a renovação do contrato do GP de Mônaco até 2031, e a oficialização do rompimento da equipe Alpine com os motores Renault. O time francês passará a usar os engenhos da Mercedes a partir de 2026.
Mas entre tantas idas e vindas, duas saídas realmente chamaram a atenção: o grupo Liberty Media anunciou que Greg Maffei deixará o cargo de CEO da companhia a partir de 2025. Maffei estava no cargo desde 2005, e sua saída acontece em um momento de aparentes mudanças para o gigante conglomerado, com um desmembramento de ativos sendo feito, criando uma divisão mais voltada para a área esportiva.
Na pista, os pilotos ficaram extremamente frustrados pois só ficaram sabendo via redes sociais da outra grande notícia: o alemão Niels Wittich não é mais o diretor de provas da F1. A categoria confirmou em comunicado oficial que Wittich teria renunciado ao cargo.
Mas a F1 sendo política como sempre foi, esse episódio não poderia escapar de uma polêmica, e jornalistas da conceituada revista alemã Auto Motor Und Sport apuraram que Wittich não saiu voluntariamente do cargo, e sim que ele teria sido demitido.
A mudança coincide com uma atuação polêmica do “Race Control” durante o fim de semana em Interlagos, mas também ventila-se que os pilotos não gostavam de certas posturas do diretor, que atuava de forma “professoral” demais especialmente na questão de adereços como o uso de jóias, polêmica que irritou bastante a Lewis Hamilton.
Demitir Wittich teria sido uma maneira de Ben Sulayem fazer uma “média” com os pilotos, de olho em sua reeleição em 2025.
O substituto de Wittich será o português Rui Marques, que era o Diretor de Provas da Fórmula 2. Marques assume o posto já no fim de semana de Las Vegas, ou seja, vai ter um batismo de fogo comandando as últimas três provas de uma temporada que já teve suas polêmicas. Só nos resta deseja boa sorte para ele, diante de uma decisão no mínimo curiosa a essa altura dos acontecimentos.