Mundial de Superbike 2024: Novidades, depois de muito tempo!

Neste ano de 2024, o Mundial de Superbike iniciará seu 36º Campeonato. O certame com as motos derivadas dos modelos de produção ainda luta para ganhar popularidade e pelo menos tentar se equiparar à sua prima mais famosa, o Mundial de MotoGP.

Muitas mudanças movimentaram os boxes para esta temporada. O hexacampeão e recordista absoluto de vitórias Jonathan Rea fez uma mudança radical: trocou a Kawasaki (Ninja ZX-10RR), casa pela qual conquistou a maioria de seus trunfos pela Yamaha (R1), que era a equipe do seu maior rival dos últimos anos, o turco Toprak Razgatlıoğlu, campeão de 2021. Este último fez a mudança que mais surpreendeu, ao investir na equipe BMW (M1000RR).

A julgar pelos primeiros testes, Toprak pode fazer sim um campeonato memorável, pois o mesmo achou a moto rápida e fácil de guiar. Vale lembrar que foi o turco a quebrar a sequência de títulos de Rea, pilotando uma até então não tão rápida Yamaha.

Hexacampeão Jonathan Rea mudou de ares: terá que provar sua velocidade na Yamaha R1

Todos estarão contra o atual bicampeão Alvaro Bautista (Ducati Panigale V4). Vindo de dois campeonatos perfeitos, o espanhol, antigo campeão das 125cc, corre junto da marca italiana desde o retorno à mesma em 2022, quando vinha de um mal-sucedido período na Honda. A marca japonesa, inclusive, ainda tenta repetir na Superbike o sucesso obtido na MotoGP e também na Superbike em tempos idos.

Bicampeão. Bautista terá desafios interessantes

Alvaro terá a companhia do atual campeão da categoria logo abaixo do mundial, a World Supersport, o italiano Nicoló Bulega, que vinha de uma frustrante campanha na Moto2. O jovem italiano se adaptou bem à moto nova e pode ser uma grata surpresa.

Uma outra grande atração será o retorno às pistas de Andrea Ianonne, o “maluco” que tomou de assalto o mundial de MotoGP entre 2013 e 2019. O italiano, famoso por ser polêmico, foi o responsável pela quebra de jejum da Ducati na MotoGP, que durava seis anos, ao vencer no circuito Red Bull Ring em 2016. Com escolhas erradas, ele esteve claudicante pela categoria até ser pego num exame anti-doping e ficar suspenso de qualquer categoria até este ano. Ele correrá com uma equipe privada, a Go Eleven, na mesma Ducati.

Ianonne promete ser uma das atrações: terá moto competitiva

Outras novidades serão a inclusão de duas novas pistas: a novíssima pista húngara em Balaton-Ring, construída do zero e a pista de Cremona, em Milão, na Itália.

Serão doze etapas, disputadas em duas baterias cada (uma particularidade do campeonato), mais as etapas superpole, que valem pontos.

O campeonato, que luta para ser popular, é organizado ainda pela Dorna, detentora dos direitos da MotoGP. Uma das críticas dos fãs era justamente a previsibilidade das etapas, com o domínio recente da Ducati. Com as extensas mudanças, valerá a pena observar cada curva!

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